Produção da Prio (PRIO3) pode dobrar em 2026 com Wahoo e Peregrino no radar
Segundo projeções do Itaú BBA, Wahoo tem potencial para adicionar 40 mil barris de petróleo por dia à produção da Prio.

🚨 A Prio (PRIO3), maior petroleira independente do Brasil, deu um passo decisivo em sua estratégia de expansão ao anunciar nesta segunda-feira (15), que recebeu do Ibama a licença ambiental para a interligação dos poços do campo de Wahoo ao navio-plataforma FPSO Frade, na Bacia de Campos.
O aval, que vinha sendo acompanhado de perto por investidores e analistas, elimina uma das maiores incertezas da companhia e reforça a expectativa de forte crescimento operacional a partir de 2026.
O documento do Ibama autoriza a conexão submarina (tieback) de até 11 poços — sendo quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes — ao FPSO Frade, já em operação na região, a cerca de 30 km de Wahoo.
O processo inclui a instalação de dutos de produção e injeção, linhas umbilicais de controle e potência, além de outros equipamentos submarinos necessários para o escoamento do petróleo e a injeção de fluidos.
Um dos pontos destacados pelo órgão ambiental é que não haverá a necessidade de implantar uma nova unidade estacionária de produção, o que torna o projeto mais eficiente do ponto de vista operacional e ambiental.
A licença, portanto, não apenas garante viabilidade técnica, mas também fortalece a percepção de sustentabilidade nos projetos da companhia.
Investimento bilionário e início da produção
O desenvolvimento de Wahoo está orçado em aproximadamente US$ 870 milhões, recursos que incluem a construção submarina e a interligação dos poços.
A Prio já contratou a embarcação responsável pelo lançamento da linha rígida e informou que o navio deve chegar ao Brasil em outubro, permitindo o início imediato das obras.
A expectativa é que o primeiro óleo de Wahoo seja produzido entre março e abril de 2026, consolidando o campo como um dos motores de crescimento da companhia na segunda metade da década.
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Salto de até 44%
Segundo projeções do Itaú BBA, Wahoo tem potencial para adicionar 40 mil barris de petróleo por dia à produção da Prio.
Isso representaria um aumento de 44% em relação aos níveis atuais, reforçando o protagonismo da petroleira no setor de óleo e gás.
No segundo trimestre de 2025, a companhia registrou produção média de cerca de 100 mil barris por dia.
Com a entrada em operação de Wahoo e a integração do campo de Peregrino, adquirido recentemente, a empresa projeta ultrapassar a marca de 200 mil barris diários em 2026, dobrando praticamente sua capacidade produtiva em apenas um ano.
Sinalização positiva para investidores
As licenças ambientais sempre foram apontadas pelo mercado como um dos principais riscos associados ao projeto Wahoo.
Por isso, a aprovação foi recebida como um divisor de águas para a tese de investimento da companhia.
Analistas destacam que a notícia aumenta a visibilidade sobre a execução do plano estratégico da Prio e melhora a percepção de geração de caixa futura, criando espaço para valorização das ações.
Além disso, a interligação de Wahoo ao FPSO Frade, já existente, reduz custos de implementação e acelera o ramp-up da produção, algo que também deve impactar positivamente a rentabilidade da operação.
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Preço do petróleo favorável
A decisão ocorre em um momento de alta do petróleo no mercado internacional, o que reforça a atratividade dos ativos da Prio.
O cenário global de energia, ainda pressionado por tensões geopolíticas e ajustes na oferta da Opep+, mantém os preços em patamares favoráveis para empresas produtoras independentes.
📈 A expansão da Prio, portanto, não apenas fortalece a posição da companhia no mercado doméstico, como também a projeta como uma das principais independentes da América Latina.

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