Petrobras (PETR4): Possível aquisição pode afetar pagamento dos dividendos, diz BTG
Embora mantenham recomendação de compra para as ações, analistas alertam para possíveis riscos aos dividendos da empresa.

Após a divulgação da oferta não vinculante da Petrobras (PETR4) para adquirir uma participação no bloco exploratório de petróleo e gás Mopane, na Namíbia, o BTG Pactual (BPAC11) divulgou um novo relatório sobre a estatal. Embora a recomendação de compra tenha sido mantida, os analistas destacam um aumento nos riscos associados à ação.
A petroleira, por meio de sua diretora de Exploração e Produção, Sylvia dos Anjos, confirmou à "Reuters" que está em negociação para comprar 40% do campo de gás Mopane, localizado na Namíbia. A parceira nessa negociação é a empresa portuguesa Galp. Em transações anteriores, a Petrobras manifestou interesse em ampliar sua participação na Braskem e em readquirir a refinaria RLAM, localizada na Bahia.
🤑 Segundo analistas do BTG, o "fraco" histórico de projetos internacionais da empresa e as preocupações com o uso eficiente do capital podem gerar dúvidas entre os investidores. Apesar disso, o BTG Pactual mantém uma visão positiva sobre as ações da Petrobras, com recomendação de compra e preço-alvo de US$ 19 para os ADRs negociados em Nova York.
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Mesmo mantendo a recomendação de compra para as ações, analistas alertam para possíveis riscos aos dividendos da empresa no curto prazo. As preocupações incluem projeções de investimentos que podem ser otimistas e estimativas de produção que podem ser pessimistas. Além disso, a possibilidade de fusões e aquisições, como a compra do campo de Mopane e a recompra da refinaria de Mataripe, aumenta os riscos.
“Embora nosso modelo já inclua US$ 2 bilhões em fusões e aquisições, a conclusão de tais transações provavelmente reduziria o espaço em nossas previsões para pagamentos de dividendos, e os investidores exigiriam um prêmio de risco maior para investir na Petrobras”, dizem os analistas no documento.
💰 Um dos principais atrativos para investir na Petrobras é a projeção de dividendos acima da média do setor de óleo e gás global. Apesar dos riscos políticos inerentes à empresa, a expectativa de um alto retorno para os acionistas, estimado em 15% nos próximos 12 meses pelo BTG Pactual, tem atraído investidores. Em comparação, as grandes empresas globais do setor costumam oferecer dividendos em torno de 10%.
“Até recentemente, favorecíamos a tese da Petrobras em detrimento de todas as ações da nossa cobertura, mas, embora continue a ser uma ‘compra’ com base em fundamentos sólidos, começamos a questionar se uma combinação de menos suporte para dividendos e catalisadores de crescimento de produção mais relevantes no curto prazo poderia fazer da PRIO uma história mais convincente nos próximos 12 meses”, finalizou o BTG.

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