Petrobras (PETR4) pode retomar venda do Polo Bahia suspensa no governo Lula
A decisão, segundo a CEO da estatal, ainda está em análise e será tomada com base em critérios de retorno financeiro.

A Petrobras (PETR4) está reavaliando o futuro do Polo Bahia e voltou a considerar a possibilidade de venda do ativo, segundo afirmou a presidente da companhia, Magda Chambriard, neste sábado (6), durante o Fórum Estratégico para a Indústria Naval Brasil-China, realizado no Rio de Janeiro.
A decisão, segundo a executiva, ainda está em análise e será tomada com base em critérios de retorno financeiro e interesse estratégico da estatal.
O Polo Bahia, localizado em território terrestre, reúne aproximadamente 28 concessões e chegou a ser colocado à venda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, dentro do amplo programa de desinvestimentos da petroleira.
No entanto, o processo foi suspenso após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que interrompeu a política de venda de ativos da empresa.
A retomada da discussão sinaliza uma possível mudança de direção. “Isso está na nossa mesa e a gente não decidiu ainda o que vai fazer, se fica com a gente, se terceiriza a operação ou repassa o ativo”, declarou Chambriard.
Ela reforçou que a escolha será orientada pelo que for “mais lucrativo para nós e para os nossos acionistas”.
Desempenho abaixo do esperado pesa na decisão
A avaliação de Magda Chambriard é de que o Polo Bahia apresenta baixo nível de produção, o que dificulta a continuidade da operação em comparação com ativos de maior rentabilidade, como os campos do pré-sal.
“Às vezes, envolve um esforço muito grande para produzir menos do que produz um único poço no pré-sal”, afirmou.
Segundo a executiva, o retorno do investimento nesses campos depende fortemente do preço do petróleo no mercado internacional.
“Quando se tem um barril a US$100, US$90… isso faz mais sentido do que quando está a US$65”, disse ela, fazendo referência aos desafios econômicos de manter campos menos produtivos.
Polo Urucu não está no radar de desinvestimento
Questionada sobre a possibilidade de aplicar a mesma análise ao Polo Urucu, no Amazonas, Magda descartou essa hipótese por ora.
Segundo ela, “esse é o melhor óleo, mais valorizado”. A executiva, no entanto, não deu detalhes sobre planos específicos para a região amazônica.
Parcerias Brasil-China no setor naval
Durante o evento, estaleiros brasileiros e chineses firmaram memorandos de entendimento para parcerias tecnológicas e comerciais, com foco no atendimento à crescente demanda da Petrobras por embarcações.
A cooperação internacional busca fortalecer a cadeia produtiva da indústria naval nacional e aprimorar a competitividade do setor frente aos desafios logísticos da exploração offshore.

PETR4
PetrobrásR$ 31,51
-4,28 %
15,69 %
16.69%
5,25
1,02

Petrobras (PETR4) pode pagar até US$ 3 bi em dividendos em 2026, diz Itaú BBA
Para o banco, a flexibilidade no capex será determinante para a manutenção da Petrobras como uma das maiores pagadoras de dividendos da B3.

Estatais na boca do povo disparam e fazem a festa no Ibovespa
Principal índice da B3 se mantém acima dos 142 mil pontos, contando com seus pesos-pesados.

Petrobras (PETR4) traça novo plano para reduzir custo das subsidiárias
Companhia vai construir fazendas solares, que podem reduzir custo da energia em até 95%, de acordo com especialistas.

Petrobras (PETR4) na Foz do Amazonas? Lula diz que exploração vai acontecer
A região é considerada uma das novas fronteiras energéticas do país e já desperta atenção internacional pelo seu potencial.

‘Petrobras (PETR4) é vítima’, diz Bradesco BBI sobre informalidade dos combustíveis
Analista do banco de investimentos diz que a empresa tem perdido espaço para empresas menores

Empresas da B3 lucraram R$ 244 bi no 1º semestre de 2025, veja os maiores lucros
Resultado cresceu 39% em um ano, com ajuda de empresas como Petrobras e Suzano.

Petrobras (PETR4) precifica bonds; saiba quanto pagará renda fixa em dólar
Estatal pegará emprestado US$ 2 bilhões com investidores globais, remunerando juros prefixados.

Petroleiras derretem e arrastam Ibovespa a perder os 140 mil pontos
Ações da Petrobras (PETR4) caem quase −1%, repercutindo a baixa de −2,31% no petróleo tipo Brent.