Petrobras (PETR4) e Mubadala avançam com possível parceria

Petroleira vai dar início à fase de avaliação dos negócios para definir parceria nos segmentos de refino e biorrefino.

Publicado em 15/03/2024 às 19:20h - Atualizado 3 dias atrás Publicado em 15/03/2024 às 19:20h Atualizado 3 dias atrás por Marina Barbosa

Refinaria de Mataripe, na Bahia, comprada pelo Mubadala em 2021 (Divulgação)

A Petrobras (PETR4) e o Mubadala avaliem ser parceiros em projetos de refino e biorrefino no Brasil. A estatal brasileira quer recuperar o controle da Refinaria de Mataripe, comprada pelo fundo árabe em 2021. Mas, além disso, estuda desenvolver uma biorrefinaria integrada com o Mubadala.

🗣️Em comunicado ao mercado publicado nesta sexta-feira (15), a Petrobras disse que "está dando prosseguimento às discussões com o Mubadala Capital em relação à formação de parceria de downstream no Brasil, cujo escopo envolve a avaliação de aquisição de participação na Refinaria de Mataripe e de projeto em desenvolvimento de uma biorrefinaria integrada".

A companhia disse ainda que vai dar início à fase de avaliação dos negócios, que envolve a due diligence dos ativos e a discussão sobre o modelo de negócio adequado para cada um. "Também serão discutidos o escopo dos potenciais investimentos futuros e desenvolvimento de novas tecnologias em conjunto com o Mubadala Capital", ressaltou.

A Petrobras já havia demonstrado o interesse de recuperar o controle da Refinaria de Mataripe, na Bahia. O negócio foi assunto de uma reunião entre o presidente da estatal, Jean Paul Prates, e o CEO do Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, em fevereiro em Abu Dhabi. À época, Prates disse que esperava definir a nova configuração societária e operacional da refinaria ainda neste primeiro semestre de 2024.

⛽ Além disso, as companhias estudam uma parceria no segmento de biorrefino. Segundo comunicado nesta sexta-feira (15) pela Petrobras, está em estudo o desenvolvimento de uma biorrefinaria integrada com capacidade inicial de produção de 20 mil barris/dia. O empreendimento mira a produção de diesel renovável e querosene de aviação sustentável a partir de óleo vegetal oriundo de culturas nativas, nos estados da Bahia e de Minas Gerais.

A Petrobras também destacou, contudo, que ainda não assinou nenhum documento vinculante com o Mubadala. Além disso, reforçou que "o processo de análise da parceria será feito com respeito aos processos e governança interna de ambas as companhias, às pessoas e aos compromissos assumidos junto aos governos, agências reguladoras e demais públicos de interesse".