Gestora oferece mais de R$ 1 bi para Oncoclínicas (ONCO3); troca do CEO é requisito

Starboard pretende converter títulos de dívida em ações da companhia para reduzir alavancagem

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Publicado em 11/09/2025 às 16:55h - Atualizado 48 minutos atrás Publicado em 11/09/2025 às 16:55h Atualizado 48 minutos atrás por Wesley Santana
Oncoclínicas é uma rede de tratamento de saúde especializada no câncer (Imagem: Shutterstock)
Oncoclínicas é uma rede de tratamento de saúde especializada no câncer (Imagem: Shutterstock)

Com uma dívida líquida que pode superar 4,5 vezes o Ebitda neste ano, a Oncoclínicas (ONCO3)  tem buscado maneiras de reduzir sua avalacagem. A empresa já se desfez de participações e aprovou um aumento de capital, mas precisa ir muito além disso. 

Segundo informações do Neofeed, a companhia recebeu uma proposta de reestruturação financeira para converter suas dívidas em ações. A Stanboard Asset teria sido a interessada em também aumentar o capital em pelo menos mais R$ 800 milhões.

Para que a oferta siga adiante, foram estabelecidos alguns requisitos mínimos, como a saída do CEO Bruno Lemos Ferrari. Outras mudanças na governança da companhia também foram citadas na oferta feita pela gestora de investimentos, de acordo com o portal.

O objetivo da Starboard seria adquirir R$ 1,7 bi em títulos de dívidas da companhia no mercado e, depois, convertê-los em equity. Esse valor ainda sofreria um adicional de bônus de subscrição para cada ação. 

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Tudo isso seria importante porque, na análise dos gestores, só o aumento de capital anunciado não seria suficiente para diminuir a porcentagem da dívida. Nos cálculos feitos antes da oferta, a empresa precisaria de no mínimo R$ 2,5 bilhões para superar essa fase.

“O EBITDA reportado tem algumas questões não operacionais, como a venda de hospitais. Ao ajustar o EBITDA um pouco para baixo, a alavancagem vai para acima de 7x,” disse uma das fontes, ao Brazil Journal. Essa mesma fonte disse ao portal que o caixa da Oncoclínicas ainda estaria exposto a CDBs do Banco Master, em um valor que pode chegar a R$ 500 milhões.

“Essa parte do caixa eles não poderiam usar para servir a dívida,” disse a fonte. “A companhia está num momento em que precisa de uma solução que resolva a questão da alavancagem de forma exponencial”, continuou a fonte, que não se identificou.

Os papéis da companhia não passam nem de longe pelo pior momento na bolsa de valores, já que, no começo do ano, chegaram a ser negociados abaixo de R$ 2. Nesta quinta-feira (11), os ativos operam na casa de R$ 3, com ganho de 30% desde janeiro. 

No entanto, o valor de mercado atual da Oncoclínicas é de R$ 2 bilhões, quase metade do que a empresa foi avaliada em 2021, quando fez sua abertura de capital. Deste total, 37% do capital social está nas mãos do fundo Centaurus, 15% do Master e outros 14% da Latache Capital.

ONCO3

Oncoclínicas
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