Dólar sobe e Ibovespa cai, de olho nas tarifas e nos juros dos EUA
Dólar voltou a fechar acima de R$ 5,70 e Ibovespa perdeu os 128 mil pontos.

O dólar subiu e o Ibovespa caiu nesta quarta-feira (19), com o mercado de olho nas tarifas e nos juros dos Estados Unidos.
💵 Depois de tocar na mínima do ano na sessão anterior, o dólar avançou 0,66% e terminou o dia negociado por R$ 5,72.
📉 Já o Ibovespa recuou 0,95% e, com isso, perdeu os 128 mil pontos. Fechou aos 127.308 pontos.
Nesta quarta-feira (19), o mercado reagiu sobretudo à ata da última reunião do Fed (Federal Reserve), o Banco Central dos Estados Unidos.
O Fed decidiu pausar o corte dos juros americanos no último dia 29 de janeiro e reforçou a possibilidade de que a taxa fique onde está nos próximos meses por meio da ata divulgada hoje.
Na ata, os membros do Fed dizem que gostariam de ver progressos adicionais na redução da inflação antes de fazer novos ajustes nas taxas. Isso porque a avaliação é de que a inflação americana permanece "um tanto elevada" e que as tarifas prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem pressionar ainda mais os preços.
💲 De acordo com o documento, empresas de vários distritos americanos disseram que tentariam repassar aos consumidores o aumento dos insumos que vier a ocorrer devido às tarifas comerciais.
Trump já elevou as tarifas sobre a importação de aço e alumínio e iniciou estudos para impor tarifas recíprocas a todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos. Além disso, prometeu nessa terça-feira (18) impor tarifas de aproximadamente 25% sobre a importação de automóveis.
Diante desse cenário, o mercado espera que o Fed só corte os juros americanos uma vez neste ano, em julho, mostra a ferramenta FedWatch do CME Group.
A pausa no corte dos juros americanos tende a fortalecer o dólar, já que mantém a atratividade dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Por isso, a pressão sobre o real e outras moedas emergentes.
EUA
Já as bolsas americanas fecharam com uma leve alta, o suficiente para o S&P 500 bater um novo recorde. Veja:
- Dow Jones: 0,16%;
- S&P 500: 0,24%;
- Nasdaq: 0,07%.
Baixas
A Vale (VALE3) e o Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em queda de 0,09% e 2,00%, respectivamente, com o mercado à espera dos resultados do quarto trimestre de 2024, que saem ainda hoje.
Os outros bancões também caíram, pressionando o Ibovespa. O Bradesco (BBDC4), por exemplo, perdeu 1,80%.
Veja outras baixas do dia:
- GPA (PCAR3): -7,17%;
- 3Tentos (TTEN3): -6,62%;
- Cosan (CSAN3): -4,63%.
Altas
A Petrobras (PETR4), por outro lado, teve uma leve alta de 0,21% e, com isso, atingiu uma nova máxima histórica na B3.
O papel da estatal vem sendo impulsionado pela alta dos preços do petróleo e também pela expectativa de que a empresa anuncie dividendos bilionários junto com o balanço do quarto trimestre, previsto para o próximo dia 26 de fevereiro.
Já a Usiminas (USIM5) ganhou 0,50%, após o Itaú BBA elevar a recomendação para o papel, para compra.
Veja outras altas do dia:
- Marisa (AMAR3): 4,10%;
- CPFL Energia (CPFE3): 1,72%;
- Embraer (EMBR3): 0,66%.

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