Brasil pode ter até 5% das reservas em Bitcoin (BTC), propõe projeto do governo
A alta da criptomoeda reacendeu o debate sobre adoção de reserva estratégica no Brasil com foco em diversificação monetária.

🚨 A cotação do Bitcoin (BTC) superou a marca de US$ 116 mil nesta quinta-feira (10), impulsionando mais uma onda de valorização no mercado cripto global.
O avanço, de mais de 5% no dia, reacendeu discussões em países emergentes sobre o papel das criptomoedas como instrumentos de diversificação de reservas internacionais — e o Brasil entrou de vez nesse debate.
A valorização ocorre em meio a um cenário de maior apetite por risco nos mercados financeiros e ao fortalecimento dos ETFs de Bitcoin e Ethereum, que seguem atraindo fluxo expressivo de capital.
Câmara aprova convocação do Banco Central e Fazenda
Em resposta ao novo patamar de preços e à crescente adoção institucional das criptomoedas, a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados aprovou a convocação do Banco Central do Brasil e do Ministério da Fazenda para debater a criação de uma reserva soberana de Bitcoin.
A iniciativa atende a um requerimento do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-RJ), e inclui a participação de representantes do setor público e privado:
- Nilton José Schneider David, Diretor de Política Monetária do Banco Central;
- Gabriel Mello, Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
- Bernardo Srur, Presidente da Abcripto;
- Rubens Sardenberg, Economista-Chefe da Febraban;
- Pedro Henrique Giocondo Guerra, Chefe de Gabinete do Ministério do Desenvolvimento;
- Diego Kolling, Head de Estratégia Bitcoin na Méliuz.
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O que é a RESBit?
O debate gira em torno do PL 4501/2023, de autoria do deputado Eros Biondini (PL-MG), que propõe a criação da RESBit, uma reserva estratégica brasileira em Bitcoin.
O projeto já recebeu parecer favorável do relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico, deputado Luis Gastão (PSD-CE).
A proposta prevê que até 5% das reservas internacionais do país possam ser alocadas em Bitcoin, de forma gradual e controlada.
A gestão da RESBit ficará a cargo do Banco Central e do Ministério da Fazenda, com transparência obrigatória, auditoria periódica, uso de carteiras frias (cold wallets) e ferramentas de blockchain e inteligência artificial para monitoramento.
Além da política cambial, a proposta também busca impulsionar a educação tecnológica, com foco em segurança cibernética, blockchain e formação de servidores públicos e startups do setor.
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Ethereum também ganha tração
Segundo Paulo Boghosian, diretor-executivo da Pandhora Investimentos, o momento é favorável para todo o mercado de criptoativos. "Estamos em um momento de liquidez crescente, e o apetite por risco favorece a classe.
Além disso, o par ETH/BTC mostra força, com o Ethereum se recuperando e ganhando relevância frente ao Bitcoin, puxado pela narrativa de tokenização de ativos", explicou.
Apesar do apoio na Comissão de Desenvolvimento Econômico, o projeto ainda precisará passar por outras três comissões na Câmara:
- Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC);
- Finanças e Tributação.
📈 Se aprovado, o texto segue para votação no plenário da Câmara e, posteriormente, para o Senado Federal.
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