BB (BBAS3) despenca na Bolsa após pedir investigação da PF por “fake news”
Em meio à volatilidade, o banco acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra o que classificou como "publicações inverídicas e maliciosas".

🚨 As ações do Banco do Brasil (BBAS3) encerraram a sessão desta segunda-feira (25) em queda de 2,2%, cotadas a R$ 20,05, pressionadas pelos desdobramentos da polêmica envolvendo a Lei Magnitsky e a divulgação de notícias falsas sobre a instituição.
Em meio à volatilidade, o banco acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra o que classificou como "publicações inverídicas e maliciosas" que colocaram em dúvida sua atuação no sistema financeiro diante das recentes sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.
No ofício encaminhado à AGU, o BB afirmou que seu nome foi citado em diversas publicações nas redes sociais desde 19 de agosto, em mensagens que sugeriam possíveis sanções secundárias à instituição.
Segundo o documento, essas informações levaram clientes a procurar esclarecimentos por temerem impactos sobre suas contas.
A AGU, por sua vez, solicitou à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar os responsáveis. O órgão ressaltou que a propagação dessas mensagens pode provocar uma "corrida bancária", com retirada em massa de recursos, e gerar instabilidade no sistema financeiro nacional.
A relação com a Lei Magnitsky
O estopim do ruído ocorreu em 19 de agosto, quando o ministro do STF Flávio Dino decidiu que leis e sanções estrangeiras não produzem efeito automático no Brasil sem homologação do Supremo.
O mercado interpretou a decisão como uma resposta indireta à aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos contra Moraes, que passou a ter restrições financeiras em território norte-americano.
Analistas da Genial Investimentos destacaram que esse episódio aumentou a percepção de risco no setor bancário, especialmente em relação ao Banco do Brasil, pela sua posição de destaque dentro do sistema financeiro.
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Impacto nas ações
No mesmo dia 19, os papéis do BB despencaram 6%, reflexo direto da aversão a risco. Desde então, o banco tem reforçado que atua em conformidade com as leis brasileiras, internacionais e das mais de 20 jurisdições onde opera, além de seguir padrões de governança global.
Ainda assim, a pressão permanece, somando-se a preocupações com o balanço do segundo trimestre, considerado fraco por analistas, em razão do aumento da inadimplência no agronegócio.
📊 O BB também lembrou, em nota, que a Lei 7.492/1986, que trata de crimes contra o sistema financeiro nacional, prevê pena de 2 a 6 anos de prisão e multa para quem divulga informações falsas ou incompletas sobre instituições financeiras com potencial de causar pânico ou prejuízo ao mercado.

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