Banco do Brasil (BBAS3) de volta aos R$ 22? Veja o que impulsiona as ações
O papel atingiu a maior cotação dos últimos dois meses nesta quarta-feira (10).
O Ibovespa fechou nesta terça-feira (19) aos 134.432,26 pontos, derrapagem de −2,10%, já que não houve escapatória diante da forte derrocada do setor bancário, repercutindo a resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) às consequências da legislação americana Magnitsky.
A principal queda do setor ficou a cargo das ações do Banco do Brasil (BBAS3), cuja baixa foi de −5,79%, ou seja, voltando a ficar abaixo do patamar psicológico de R$ 20 cada. Instituições financeiras cederam em bloco em reação à determinação do ministro do STF Flávio Dino sobre leis e atos unilaterais de governos estrangeiros não poderem ter efeito no Brasil.
Mas, a maior queda do dia veio das ações da Raízen (RAIZ4), com desconto de −10,43%, após a Petrobras (PETR4) negar interesse nos ativos de etanol na companhia sucroalcooleira. O Ibovespa só não teve um pregão pior porque os papéis da mineradora Vale (VALE3) conseguiram se segurar em leve alta, de olho no câmbio.
Por sua vez, o dólar comercial terminou o dia cravado em R$ 5,50, salto de +1,22% contra a moeda brasileira, já que insegurança jurídica voltou a piscar na tela dos traders e incentivar mecanismo de proteção cambial.
As ações americanas (stocks) mais ligadas ao setor tecnológico tiveram as maiores perdas nesta terça-feira, em especial, a fabricante de chips Nvidia (NVDA), cujos papéis caíram em torno de −3,5%.
Segundo o consenso e analistas em Wall Street, as empresas mais expostas à indústria de inteligência artificial podem apenas estar passando por uma correção pontual no curto prazo, uma pausa até normal, à medida que os investidores globais também recalculam rota sobre a próxima decisão de juros no Federal Reserve em setembro.
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O papel atingiu a maior cotação dos últimos dois meses nesta quarta-feira (10).
Setor bancário e varejistas fazem peso contrário no principal índice da B3, apesar de ganhos em PETR4 e VALE3.