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O Itaú (ITUB4) surpreendeu ao demitir cerca de mil trabalhadores nesta semana, sob a alegação de baixa produtividade no home office. Contudo, a redução de postos de trabalho bancários não é um fenômeno isolado ao banco, nem recente.
🏦 Bancos têm ajustado o quadro de pessoal na medida em que cada vez mais serviços são realizados de maneira digital. É uma mudança de cultura que implica, muitas vezes, na redução do número de agências e bancários, mas na ampliação dos setores de tecnologia.
Além disso, os cortes integram as estratégias de redução de custos e melhora dos resultados de muitos bancos.
"O fechamento de postos de trabalho na categoria é um movimento acelerado e bastante complexo. Não se trata somente de mudanças de cunho tecnológico, os bancos, para ampliar a rentabilidade, têm promovido a redução do custo operacional com demissões", afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Neiva Ribeiro.
📊 Dessa forma, os quatro grandes bancos listados na B3 -Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11)- fecharam mais de 4,6 mil vagas de trabalho só no primeiro semestre de 2025, segundo dados dos seus últimos balanços.
O corte foi puxado pelo Bradesco, que fechou 1.875 vagas no período e foi seguido de perto pelo Santander, com 1.728 cortes. O Banco do Brasil teve uma redução menor, de 615 empregos. Já o Itaú, que acelerou as demissões nesta semana, teve o menor ajuste do primeiro semestre: 505, sendo 453 no Brasil.
A redução dos postos de trabalho do setor bancário brasileiro foi puxada pelo Bradesco no primeiro semestre.
✂️ O banco fechou 1.875 vagas de trabalho no período, sendo 1.219 apenas entre abril e junho. Em 12 meses, já são 2.564 vagas de trabalho a menos.
Em reestruturação para melhorar a qualidade dos seus ativos e a sua rentabilidade, o Bradesco vem fechando agências e acelerando o processo de transformação digital, o que tem um impacto direto no número de trabalhadores.
No balanço do segundo trimestre de 2025, o banco afirmou que a redução do número de funcionários está em linha com a "estratégia de otimização do custo de servir". Mas garantiu que, ao mesmo tempo, tem reforçado as equipes de tecnologia, operações e negócios.
"Estamos ajustando o modo de servir os nossos clientes e reforçando áreas de conhecimento mais especializado, como tecnologia, análise de dados e crédito. Esse esforço de transformação envolve contratações e ajustes. Um exemplo é a área de tecnologia, que contratou mais de 2.500 profissionais", reforçou o Bradesco, em nota enviada ao Investidor10.
O Bradesco foi seguido de perto pelo Santander em relação a fechamento de postos de trabalho no primeiro semestre, pois a filial do banco espanhol cortou 1.728 vagas no Brasil no período.
Procurado, o Santander não comentou o assunto. No balanço do segundo trimestre, contudo, o banco também cita um movimento de "otimização do parque de lojas".
Já o Banco do Brasil fez um ajuste menor do seu quadro de pessoal, fechando 615 posições nos primeiros seis meses de 2025.
📉 Segundo a instituição, "o número representa aposentadorias e desligamentos naturais, em linha com períodos anteriores".
O banco disse ainda que, ao mesmo tempo, tem avançado na contratação de pessoal para as funções de Agente Comercial e Agente de Tecnologia.
"Não houve qualquer iniciativa para promover desligamentos", ressaltou, em nota, contando, no entanto, que, no momento, não há previsão para a abertura de um novo concurso para a instituição.
O Itaú, por sua vez, teve a menor redução de postos de trabalho entre os grandes bancos listados na B3 no primeiro semestre.
O banco cortou 505 vagas no conjunto das suas praças de atuação, sendo 453 no Brasil, entre janeiro e junho de 2025.
💻 Contudo, acelerou as demissões na última semana, por meio do desligamento de trabalhadores que supostamente vinham apresentando baixo rendimento no home office.
Segundo o Itaú, os cortes foram realizados depois de "quatro meses de análises e debates profundos, que mediram a atividade em softwares corporativos" e teriam revelado "baixos níveis de atividade digital" de uma "minoria de colaboradores em jornadas de trabalho remoto".
🗣 O banco ressaltou, por sua vez, que o objetivo não era reduzir o quadro de pessoal. E disse que, por isso, "as contratações continuam e as reposições dessas vagas serão discutidas caso a caso e dentro do cenário de cada área".
"Para o Itaú, essa decisão faz parte de um processo de gestão responsável e tem como objetivo preservar nossa cultura e a relação de confiança construída com clientes, colaboradores e a sociedade", afirmou.
Ainda assim, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região questiona o modo com que as demissões foram realizadas e, por isso, decidiu levar o caso à Justiça.
O órgão sindical diz que o Itaú demitiu cerca de mil funcionários sem aviso ao prévio, o que desrespeitaria a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários.
"Uma demissão coletiva exige comunicação prévia com o sindicato", disse o advogado Max Garcez, que assessora o Sindicato.
"Outra questão é o dano moral coletivo aos trabalhadores. A empresa não poderia colocar todas estas pessoas no mercado como preguiçosos", completou.
Com esses cortes, o Itaú perdeu o posto de banco que mais emprega no país para o Banco do Brasil.
👨💼 O banco privado tinha pouco mais de 86,2 mil funcionários no Brasil no final de 2024, mas esse número caiu para 85,7 mil em junho de 2025 e deve diminuir novamente no próximo balanço, devido às demissões desta semana.
Já o Banco do Brasil contava com 85,9 mil funcionários ao final do primeiro semestre de 2025.
Veja quantas pessoas cada banco empregava no Brasil em junho de 2025:
Veja também quantas vagas de trabalho foram fechadas no 1S25:
Braço de investimento em hospitais do bancão celebra parceria envolvendo o Hospital Glória D'Or.
O Bradesco (BBDC4) despontou como destaque, ganhando o selo de aprovação de um dos maiores analistas do mercado: o Itaú BBA.